O Ministério da Saúde alertou para o retorno da circulação do sorotipo 3 da dengue no Brasil, após 17 anos de ausência. A detecção ocorreu principalmente em São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, nas últimas semanas de dezembro de 2024, causando preocupação devido à suscetibilidade da população a este tipo de vírus.
Em 2024, o sorotipo 1 foi predominante, representando 73,4% dos casos. No entanto, a mudança para o sorotipo 3 é significativa e exige atenção, conforme destacado pela secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel. A falta de exposição prévia da população a este sorotipo aumenta o risco de infecção.

Projeções para 2025 indicam alta incidência de dengue em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná, com números acima dos registrados em 2024. Fatores como o El Niño, altas temperaturas, seca e armazenamento inadequado de água contribuem para a proliferação do mosquito transmissor. A circulação do sorotipo 3, ainda não incluída nas projeções, adiciona uma nova camada de complexidade ao cenário.
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Além da dengue, o Ministério da Saúde também monitora os casos de Zika, concentrados no Espírito Santo, Tocantins e Acre, e Chikungunya, com maior incidência em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Casos de febre do Oropouche, embora em menor número em comparação com 2024, também são acompanhados, com concentração no Espírito Santo.
A situação exige atenção redobrada da população e das autoridades de saúde. Medidas preventivas, como eliminar criadouros do mosquito, são cruciais para conter a disseminação da dengue e outras arboviroses.