A região do Marajó, localizada no Pará, tem apresentado avanços notáveis na área da segurança pública. Dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) revelam uma redução média de 50% nos índices de criminalidade nos últimos quatro anos, considerando os primeiros quatro meses de 2025. Dos 17 municípios que compõem o arquipélago, 11 estão há mais de 30 dias sem registrar Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI).
O que são CVLI?
No contexto da segurança pública, a sigla CVLI se refere a Crimes Violentos Letais e Intencionais, que englobam homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte. São indicadores fundamentais para medir a violência em uma região, pois refletem diretamente os crimes que resultam em mortes com intenção.
Investimentos Estratégicos e Resultados Positivos
O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, atribui essa redução às estratégias implementadas pelo governo estadual. A instalação da Base Fluvial Integrada de Segurança Pública “Antônio Lemos” em Breves, por exemplo, desempenhou um papel crucial no combate a crimes como roubos a ribeirinhos e ações de piratas nos rios da região. Além disso, operações policiais contínuas têm sido fundamentais para inibir atividades criminosas.

Dados por Região do Marajó
Marajó Oriental: Municípios como Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure registraram uma redução de 60% nos homicídios entre janeiro e abril de 2020 e o mesmo período de 2024. Os casos de roubo diminuíram 58,57% no mesmo intervalo.
Marajó Ocidental: Incluindo cidades como Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Portel, São Sebastião da Boa Vista e Oeiras do Pará, a região apresentou uma queda de 17,39% nos CVLIs ao comparar os primeiros quatro meses de 2023 e 2024. Os homicídios reduziram 18% no mesmo período.
Municípios com Longos Períodos Sem CVLI
Destacam-se municípios como Soure, que está há 447 dias sem registros de crimes violentos letais, e Santa Cruz do Arari, com 158 dias sem ocorrências desse tipo. Outras cidades, como Anajás, Afuá e Cachoeira do Arari, também apresentam períodos significativos sem registros de CVLI.
Os investimentos em infraestrutura, como a criação de bases fluviais e a reestruturação de batalhões, aliados a operações policiais estratégicas, têm sido determinantes para a expressiva redução da criminalidade no arquipélago do Marajó.