A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) está reforçando medidas preventivas para impedir a entrada e disseminação da praga conhecida como “vassoura-de-bruxa da mandioca” no arquipélago do Marajó e em outras regiões produtoras do estado. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae, foi recentemente confirmada em território indígena no norte do Pará, próximo à fronteira com o Suriname, representando uma ameaça significativa à produção de mandioca na região.

Entendendo a Ameaça

A “vassoura-de-bruxa da mandioca” é uma doença fúngica que afeta severamente as plantas de mandioca, causando sintomas como ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e eventual morte das plantas. Embora não represente risco à saúde humana, a praga pode comprometer significativamente a produção de mandioca, alimento básico para muitas comunidades no Pará.

Medidas Preventivas em Curso

Diante da confirmação do foco da praga, a ADEPARÁ, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), está implementando um plano emergencial que inclui:

• Fiscalização Rigorosa: Intensificação da fiscalização nos municípios da divisa com o Amapá e áreas próximas, como Almeirim, Gurupá, Porto de Moz, Afuá, Breves e Chaves, para impedir a entrada de material vegetal contaminado.
  
• Proibição de Entrada de Material Vegetal: Proibição do ingresso de plantas e partes de plantas hospedeiras da praga provenientes de áreas com ocorrência confirmada, exigindo certificação de origem para o trânsito de produtos vegetais.
  
• Educação Fitossanitária: Realização de ações educativas e capacitações para servidores da ADEPARÁ e produtores rurais sobre os sintomas da praga e medidas de prevenção.
  
• Levantamentos Fitossanitários: Execução de levantamentos em 28 municípios prioritários para detecção precoce da praga, com foco em áreas de produção significativa de mandioca.
  

Orientações aos Produtores e Comunidade

A ADEPARÁ orienta produtores e viajantes a não transportarem manivas (caules de mandioca), sementes, mudas ou frutas do Amapá para o Pará, a fim de evitar a introdução da praga. Além disso, é fundamental que qualquer sintoma suspeito nas plantações seja imediatamente comunicado à agência para ações rápidas de contenção.

Veja a entrevista com a equipe da DEPARÁ:

Compromisso com a Segurança Alimentar

O diretor-geral da ADEPARÁ, Jamir Macedo, enfatiza a importância das medidas: “A nossa atuação será de reforço na vigilância e fiscalização nos municípios que fazem divisa com o Amapá para proteger a produção paraense dessa praga” . A agência reafirma seu compromisso em proteger a produção agrícola do estado e garantir a segurança alimentar das comunidades dependentes da mandioca.