No último sábado, 28 de dezembro de 2024, uma operação conjunta da Base Fluvial Integrada Antônio Lemos, composta por agentes do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu) e das polícias Militar e Civil, resultou na apreensão de mais de 150 metros cúbicos de madeira serrada transportada de forma irregular. A carga, que partiu de Santarém com destino a Belém, foi interceptada durante uma fiscalização no Rio Tajapuru em Breves no Marajó.
A Operação
A ação faz parte da Operação “Protetor das Fronteiras e Divisas”, que visa combater crimes ambientais e garantir a segurança nas rotas fluviais do Arquipélago do Marajó. Segundo Ualame Machado, titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), a apreensão é um reflexo do compromisso do Estado em coibir práticas ilegais que afetam o meio ambiente. “Essa apreensão demonstra, mais uma vez, a presença do Estado em uma área que é rota das principais embarcações que vêm para a capital. Combatemos fortemente mais um ilícito ambiental”, afirmou o secretário.
Durante a abordagem, os policiais verificaram a documentação da carga e constataram irregularidades. A madeira estava registrada como “recebida”, enquanto ainda estava “em trânsito”, o que caracteriza uma violação das normas de transporte florestal. Diante das irregularidades, a carga foi apresentada à Polícia Civil para os procedimentos cabíveis e, posteriormente, ao órgão municipal para a finalização dos trâmites administrativos.
A apreensão de madeira ilegal é uma preocupação crescente no Pará, onde a exploração madeireira irregular tem impactos significativos no meio ambiente e na biodiversidade local. De acordo com dados recentes, a extração ilegal de madeira no estado aumentou, representando uma ameaça à conservação das florestas amazônicas. A atuação das autoridades é fundamental para reverter esse cenário e proteger os recursos naturais da região.
Além da apreensão em Santarém, outras operações têm sido realizadas em diferentes partes do estado, com resultados significativos na luta contra a exploração madeireira ilegal. Em setembro de 2024, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 44 metros cúbicos de madeira ilegal em Marabá, evidenciando a necessidade de um esforço contínuo e integrado entre as forças de segurança.
Atuação da Base
A ação da Base Fluvial Antônio Lemos não apenas reforça a presença do Estado nas áreas vulneráveis à exploração ilegal, mas também serve como um alerta para aqueles que tentam burlar a legislação ambiental. O combate à madeira ilegal é uma prioridade, e as autoridades estão determinadas a garantir a proteção das florestas e a promoção de práticas sustentáveis na região.
Com a continuidade dessas operações, espera-se que a conscientização sobre a importância da preservação ambiental aumente, contribuindo para um futuro mais sustentável para o Pará e para a Amazônia como um todo.